terça-feira, 3 de novembro de 2009

Aécio bateu ou não bateu na namorada. Você decide.

Como o cartão laranja é um blog que mostra um lado da notícia e outro lado também, segue a matéria do Azenha que acha a agressão de Aécio é uma armação do Zé Serra para tirar suas chances de se candidatar à presidência em 2010 pelos tucanos. Pare para pensar. O que você acha? Victor Zacharias.

Eu, Azenha, duvido que Juca Kfouri colocaria a cabeça a prêmio divulgando uma notícia absolutamente falsa em seu blog, especialmente quando é a denúncia de um crime.
Pode ter havido algum tipo de desentendimento entre o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e a namorada. Só testemunhas presentes poderiam confirmar. Ou alguma foto ou vídeo feitos com aparelho celular.
Por outro lado, todos conhecem abertamente o estilo Serra de operar na política, passando o trator sobre os adversários sempre que pode. Pedindo a cabeça de jornalistas. Derrubando reportagens e promovendo outras.
Quem contou bem essa história foi o senador José Sarney, em discurso no Senado.
O curioso é que o incidente envolvendo Aécio -- ou suposto incidente -- surgiu no dia em que o governador de Minas aparece na capa da revista CartaCapital dizendo que não será candidato a vice numa chapa encabeçada por Serra.
E cobrando uma definição do partido, já.
Aécio quer que Serra diga agora que é candidato. Se Serra o fizer, abre a corrida pela sucessão em São Paulo. Compromete-se em concorrer à Presidência. Perdendo, ficaria sem o Planalto e sem o Palácio dos Bandeirantes. Fora do poder, Serra será esmagado pelos adversários políticos. Melhor dizendo, pelos inimigos políticos que acumulou ao longo da carreira.
Para Aécio, que nesse caso se elegeria senador por Minas Gerais, seria o melhor dos mundos. Serra nocauteado, ele seria o candidato natural da oposição à Presidência em 2014.
É, como vocês notaram, um jogo de xadrez.
Aécio mexeu uma peça na entrevista à CartaCapital. De vice, não sai. Quer que Serra se defina agora. Mas ao tucano paulista interessa adiar o jogo para o ano que vem. Serra só quer sair candidato ao Planalto se estiver certo da vitória. É uma questão de sobrevivência política.
O problema para Serra é que sem os votos de Minas Gerais e o apoio decidido de Aécio Neves ele não tem qualquer chance de se eleger presidente. O cacife do governador mineiro é alto. E, francamente, em minha modesta opinião, Aécio tem muito mais chance de vencer Dilma do que Serra.
Por todos os antecedentes e pelas circunstâncias do momento, a quem interessaria propagar a suposta agressão de Aécio à namorada?
A José Serra, com certeza.
Afinal, não faz muito tempo um assessor dele -- ou seria melhor dizer "assecla" -- escreveu um artigo no Estadão com o singelo título de "Pó pará, governador". O governador do título? Aécio Neves.
Mais sutil que isso só a ilustração de O Globo para o artigo do ex-presidente FHC em que ele diz que a democracia brasileira acabou.

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