quarta-feira, 30 de março de 2011

Bolsonaro acusado de racismo e homofobia deve perder o mandato

Victor Zacharias

Não há mais espaço no país para atitudes racistas e preconceituosas como as que evidenciou o deputado Jair Bolsonaro do PP, ele representa a extrema direita e mostra desprezo pelos Direitos Humanos.
Conhecido também pelas suas posições a favor da ditadura militar, Bolsonaro extrapolou ao comparar negro com promiscuidade quando perguntado por Preta Gil, filha do ex-Ministro da Cultura Gilberto Gil, durante o programa CQC, o que ele faria se o filho dele se apaixonasse por uma mulher negra? Bolsonaro respondeu: “Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”.
Fica claro que o deputado feriu a ética e o decoro parlamentar com sua resposta racista e preconceituosa, por isso já foi feito um pedido de abertura de processo para o Conselho de Ética da casa por mais de 20 deputados, além disso sofrerá mais um processo aberto pelo Ministério Público e um de Preta Gil. Além da possível perda de mandato, a punição para o crime de racismo pode resultar em prisão.
É preciso que a sociedade mantenha a pressão para que o processo não seja engavetado, participe também enviando um e-mail de repúdio para o cdh@camara.gov.br
A ilustração é do Carlos Latuff.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Felipão buscará o jornalista, que divulgar o seu salário, no inferno.

Victor Zacharias

Felipe Scolari em entrevista coletiva foi questionado sobre o jornalista da Folha de São Paulo que falou sobre o alto salário que o treinador ganha, na matéria do jornal é estimado cerca de 700 mil reais por mês, um valor exagerado, mas dentro dos padrões da elite do futebol.
É óbvio que Felipe Scolari tem medo de sequestro, não só dele como de algum membro de sua família, e no vídeo diz: " eu já disse uma vez para todo mundo, se um dia acontecer alguma coisa eu vou buscar quem escreve no inferno...tá? Então que fique bem esclarecido de novo. Esqueçam de mim, falem de mim por não ser um bom treinador. Esqueçam do que eu ganho, do que eu não ganho, porque ouviram falar. Porque se acontecer alguma coisa eu vou buscar que escreveu no inferno. É ameaça? É.Ok?"
Felipão busca também o editor, o diretor de redação e o dono do jornal, eles também são responsáveis.
Não parece óbvio que treinadores da categoria dele, do Muricy,do Leão, do Wanderley, do Tite, do Joel Santana, entre "poucos" outros, ganham fortunas?
Para mim parece. Nem precisa dizer que ele ganha muito, isso é claro, por isso todos correm riscos. Saiu na chuva, é para se molhar, senão fica torcendo em casa.
Quanto mais reclamar e ameaçar o assunto ganhará mais destaque, certo?
A receita é ficar quietinho que o assunto passa.
Assista o vídeo.

Paulo Henrique o Ganso do Santos

Nelson Gomes

Não vi o jogo de ontem contra o Mogi Mirim, mas ouvi os comentários que ele jogou bem, participou dos 3 gols, mas isso não lhe dá o direito de querer ser mais que o Bi-campeão da Libertadores da América e Mundial, Octacampeão Brasileiro, etc, etc... 
Ele precisa lembrar do clube que o projetou, que o tem tratado com dignidade e respeito, principalmente na fase que ele passou inativo por causa da contusão. Já criticamos várias vezes o nosso presidente e sua diretoria, mas agora eles estão com a razão. O Ganso querer reduzir a multa, é um absurdo e até uma infantilidade, visto que o valor estipulado é exatamente para evitar que o jogador queira sair antes do final do seu contrato. E o que sabemos é que ninguém foi obrigado a assinar o atual contrato que vai até 2015.
Se ele realmente quiser sair que saia, mas que o clube que o comprar pague os 50 milhões de euros.
Vamos torcer para que ele e seus procuradores “ verdadeiros bandidos” repensem esta condição.
É lamentável pensar que as coisas parecem que estão indo para um triste final.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mudei de opinião, Muricy vem logo para a Vila !

Nelson Gomes

Depois do que vi neste sábado contra o Bragantino, a nossa defesa parecendo um queijo suíço, não deu para sustentar a idéia de manter o Martelotte. Achei que ele teria capacidade de arrumar a nossa defesa, mas infelizmente ficou provado que ele não tem condições, apesar da boa vontade. E o Muricy, todos sabem, é um especialista em montar grandes defesas, com fez durante anos no São Paulo F.C.
Ontem a noite, não ouvi o convite ao vivo do Luiz Álvaro, mas na entrevista entendi que o Muricy Ramalho, pelas suas palavras, apesar de tentar disfarçar, deixou claro seu interesse em treinar o Peixe. Ele teceu muitos elogios aos nossos jogadores, principalmente ao Neymar e ao Ganso, disse que antes do início da Libertadores o Santos era o favorito à conquista do título e afirmou que ainda acha que é.
Depois dessa, basta o nosso presidente pagar o que ele pede. O problema será convencê-lo de iniciar os trabalhos imediatamente, que é o que precisamos, pois ele insiste nos 30 dias de férias para se recuperar do desgaste pela saída do Fluminense.
Boa sorte Santos F.C. Vem Muricy !

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tropeço do Peixe mais uma vez. Assim fica difícil.

Nelson Gomes
Amigos do G.A.S. e Nação Santista,
Com certeza faltou aquele espírito de Libertadores, ou seja, chegar sempre na frente, não perder divididas, fazer marcação desde o campo do adversário, não dar espaço para arremates de fora da área, etc, etc.
Perdemos o jogo já no primeiro tempo.
Os nossos volantes, Adriano e Danilo foram lamentáveis. Estamos especialistas em tomar gols pelo alto. O time todo foi bem abaixo da média que pode jogar. Foi triste!
Agora a coisa ficou preta, simplesmente precisaremos ganhar todos os outros jogos.
Volta Arouca, volta Alexsandro...!!!!! Cadê o Charles ???? Ele não foi contratado para a Libertadores ? Mais uma mancada da nossa diretoria.
Abraços e muita esperança!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Falta incluir um direito humano fundamental

Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.
Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.
O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.
O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV. A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.
Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.
Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.
Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.
Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua. Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.
A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.
A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.
Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro. A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte". Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.

Eduardo Galeano (1940-) é jornalista e escritor uruguaio. O texto foi publicado no diário argentino Página 12, em 29 de outubro de 1997, com o título "El derecho de soñar".

Muricy Ramalho na Vila Belmiro!?

Nelson Gomes

Amigos do G.A.S. e Nação Santista, em minha opinião seria um equívoco e uma tremenda incoerência do nosso presidente Luiz Álvaro. Ele já disse várias vezes, e a última bem recente, quando o Adilson Batista foi demitido: Disse ele “ O técnico para dirigir o Santos F.C. precisa ter um DNA ofensivo “. Isso é exatamente o contrário da postura como treinador do Muricy Ramalho.
Claro que ele é um grande técnico e conhecedor de futebol, os títulos que acumulou não mentem, mas, para o tipo de futebol praticado pelo Peixe, e que a torcida está acostumada, que é sempre ofensivo, ele não serve. O dinheiro que se gastaria com o Muricy seria melhor aplicado para trazer um centro avante de verdade, já que no segundo semestre perderemos o Zé Eduardo e o Maikon Leite.
Espero que a diretoria não se precipite. Deixe o Marcelo Martelotti lá que ele conhece futebol e a garotada gosta dele, e é isso que interessa nesse momento.
Avante Peixe! Hoje, 4ª feira, às 21:50, é o jogo do ano.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Nenhum rico vai para a cadeia na terra do Tio Sam.

Victor Zacharias

Esta frase já cansei de ouvir aqui no Brasil e reflete a verdade. A grande maioria dos presos são pobres e negros, mas nos Estados Unidos isto também acontece.
"Matt Taibi, jornalista da Rolling Stones Magazine, denuncia: A frase ninguém de Wall Street vai para a cadeia é o mantra da era da crise financeira, porque é óbvio que cada grande banco ou companhia financeira está comprometida com estes obscenos crimes escandalosos que empobreceram milhões, coletivamente centenas de bilhões, e de fato trilhões de dólares da riqueza mundial". Os Estados Unidos têm 2 milhões de pessoas na cadeia, mas nenhuma de Wall Street. No país da Disney, depois destas gigantescas fraudes eles acabam culpando sempre os mesmos, ou seja os trabalhadores, os bombeiros, professores, etc, quem em realidade foi vítima da fraude.
Ele dá nomes de alguns dos responsáveis, por exemplo o Governador de Ohio, John Kasich que trabalhou no Lemon Brothers, John Mack, ex CEO da Morgan Stanley e trabalhava em paralelo no Credit Suisse, Art Samberg que é gerente de Fundo de Hedges, entre outros, ninguém foi processado, nem preso, não sofrerão nada.
Taibi diz que a relação que eles tiveram com os políticos serve de escudo para os envolvidos nesta fraude mundial, continua, isso não só confirma outro clichê, quem tem os melhores advogados tem mais vantagens, mas vai além, é uma situação que mostra que o sistema está completamente corrompido.
Veja o vídeo da entrevista está em inglês, mas vale a pena:



Democracy Now!

sábado, 12 de março de 2011

Botafogo encontrou o Ganso do Santos pela frente e perdeu jogo. O Peixe assume a liderança do Paulista

Victor Zacharias

A Vila Belmiro estava cheia, 12 mil pagantes que foram ver o volta do Ganso. O primeiro tempo foi ruim demais, o Santos parou na marcação dura do Botafogo, mas no segundo tempo o jogo para o Santos ficou bem melhor, a grande diferença ficou por conta do Ganso.
Aos 27 segundos do segundo tempo saiu o primeiro gol feito pelo Elano, passe de Zé Eduardo que recebeu a bola sob medida do Paulo Henrique Ganso e aos 10 minutos, Ganso fez o seu gol, passe de Zé Eduardo. Parecia que mais gols viriam, mas o Santos não conseguiu aumentar o placar frente ao fraco Botafogo. E para surpresa geral veio o gol do Botafogo no finalzinho do jogo.
Uma baixa: o Jonathan teve uma contusão muscular, isso quer dizer que não jogará no Chile. Ele estava desconsolado e chorando no banco do Santos porque estava voltando de um problema semelhante. Sorte ao Jonathan
Contrato do Ganso
O Ganso recebeu uma proposta do Santos que equipara o seu salário ao do Neymar, mas tem uma multa de 50 milhões de euros se o jogador for vendido antes do término do contrato, e esta cláusula não está sendo aceita pelo agente do jogador.
Estatuto do Clube
E o clube do Santos aprovou o novo estatuto que estabelece a duração do mandato do presidente por 3 anos com uma só reeleição, outra alteração determinou o uniforme oficial do time da Vila Belmiro, agora é o branco, no lugar do listrado. Para mim sempre foi o branco, ainda bem que voltou. Quanto ao bloqueio para reeleições sem limites, achei muito bom, é um dos valores fundamentais da democracia.
Técnico
Professor Martelotte quer assumir como técnico oficial e tem a aprovação dos jogadores e da diretoria, acho que se não aparecer nenhum técnico famoso desempregado ele fica.
Libertadores
Próximo desafio do Peixe será na quarta feira contra o Colo Colo lá no Chile.
Veja os gols de hoje:

sexta-feira, 11 de março de 2011

Os Estados Unidos precisam de uma revolução à moda do Mundo Árabe

Victor Zacharias

Um norte americano fez uma reflexão interessante sobre o poder, a questão da derrubada do poder no Oriente Médio, e a "democracia" no ocidente, especialmente nos EUA.
Fiz uma tradução livre, mas que quiser ler o artigo original é só clicar aqui Adbusters.

Lição para os americanos - Micah White
O povo que está se levantando no exterior é o nosso futuro.
Os americanos correm o perigo de aprender a lição errada da revolução popular que começou na Tunísia, mas que acabará por varrer o globo. Atrás do nosso clamor ardente e sincero, de apoio à rebelião "de lá", sentimos o fortalecimento dos profundos sentimentos de impotência e desespero, uma nota de nostalgia melancólica por um tempo dos ditadores onde a revolução seria, imaginamos, fácil.
Há uma narrativa debilitante da política de desenvolvimento "aqui" na América - um abastardamento da filosofia pós-estruturalista - que diz que a revolução é possível para os tunisianos e egípcios, precisamente porque é impossível para os ocidentais. "Eles", da narrativa que paralisa ", estão vivendo no passado, dominados por uma forma arcaica de poder fora do prazo de validade. É por isso que eles ganharam: tunisianos e egípcios tinham um único inimigo, um repressivo, tirano, anacrónico, contra quem eles poderiam se rebelar.
Pelo contrário, nós, cidadãos americanos da mais 'avançada democracia' do mundo, temos que enfrentar um inimigo que está em toda parte. O poder é difuso na pós-modernidade, não pode ser localizado e, portanto, não temos nenhum tirano e, conseqüentemente, não temos forma de revolta. "O fascínio perigoso dessa história, é a razão pela qual, simultaneamente pede desculpas, ampliando a nossa apatia, com um discurso parcialmente verdadeiro. Isso descreve com precisão como funciona o poder na América hoje.
Onde está o poder?
Cada militante tem uma dívida com Michel Foucault, historiador e filósofo francês influente pós-estruturalista, que revolucionou o modo como pensamos sobre o poder. Ele nos ensinou a desconfiar da "hipótese repressiva", a crença de que o poder sempre funcionou só por negação, a proibição, a censura e a opressão. Ele nos convenceu de que o poder está longe de ser óbvio, seu controle está embaixo, escondido, de uma jeito que garante o nosso consentimento de bom grado. "O poder é tolerável somente na condição de que ele esconda uma parte substancial de si mesmo", explicou ele no primeiro volume da História da sexualidade - 1976. "O sucesso [do poder] é proporcional à sua habilidade de esconder seus próprios mecanismos."
Agora é senso comum, e longe de polêmica, acreditar que o poder na nossa época não se encontra em qualquer lugar fisicamente, não é localizável, mas emana das redes sociais que nos cercam, formando-nos súditos obedientes. As escolas que doutrinam, os regimes de psiquiatria que medicalizam estados mentais, percebem que mesmo a linguagem que usamos restringe nossa imaginação, são todas as manifestações do poder.
"O poder está em toda parte", Foucault declarou, "não porque engloba tudo, mas porque vem de toda parte." E ele aconselhou aos ativistas para combater o poder de forma diferente do que já tinha feito isso antes. "Não vamos olhar para a sede ... nem a casta que governa, nem os grupos que controlam o aparelho do Estado, nem aqueles que tomam as decisões econômicas mais importantes diretamente de toda a rede de poder que funciona em uma sociedade ..." Esta foi, em o tempo, uma contribuição profunda e crucial para a resistência.
O problema é que os americanos aceitaram o argumento de Foucault apenas na medida em que engrandece a nós mesmos e nossa percepção da América. Nós lamentamos a nossa impotência, nossa incapacidade de se opor ao império norte-americano, gritando em voz alta sobre a dificuldade de resistir a um inimigo globalizado cuja força vem não só das centenas de bases militares que circundam o mundo, mas das palavras que usamos em protesto, enquanto nós, como controle escondido, colocamos o resto do mundo.
Nós aceitamos a hipótese de Foucault sobre a condição de que ela não se aplica às pessoas nas ruas de Benghazi. Nós nos sentimos ultra-modernos, mais uma vez, argumentando que "eles" ainda são reprimidos por tiranos, enquanto nós vivemos em um estágio mais avançado de controle. Então voltamos a sua revolução em mais uma prova da nossa opressão.
Sustentar tudo isso é um equívoco fundamental
Os revolucionários no exterior não derrubaram um ditador à moda antiga, eles derrubaram uma rede pós-moderna do poder difuso não menos avançada que a nossa. Apesar de enfrentar um inimigo tanto tempo no poder, com tentáculos em todos os ramos do governo, cada casa da escola, em cada bairro ... um inimigo inovador de tecnologias avançadas, tecnólogos ocidentais formados capazes de desligar a Internet e enviar propaganda para cada telefone celular no país ... essa gente conseguiu sua revolução porque rompeu totalmente com o mundo-como-ele-é. Nas ruas, eles inauguraram uma nova maneira de ser, um novo homem, um povo novo. É que a transformação em um novo povo que lhes deu a força para manter o terreno em Midan Tahrir sob o ataque às bombas de gasolina, para iniciar uma greve geral que parou a economia, para continuar a luta após a queda de Mubarak. A capacidade de resistir ao poder difuso, em todas as frentes, ao mesmo tempo vem o salto para uma nova subjetividade coletiva.
Revolução na América
Se a revolução não está acontecendo na América hoje não é porque estamos vivendo em uma sociedade de um controle invulnerável. É porque ainda nos vemos como as mesmas pessoas de ontem: os consumidores obedientes, trabalhadores, eleitores.Nós hesitamos renunciar à nossa fidelidade ao mundo atual. Nós tropeçamos ao custo de retirar permanentemente os nossos investimentos psíquicos. As pessoas que vemos subindo no exterior terem feito o que nós temos medo de fazer. Eles não são o nosso passado, pois eles são o nosso futuro.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Santos fez um carnaval com a Portuguesa, goleou com direito ao show do Neymar.

Victor Zacharias

Coisas de bastidores: ao final do jogo de hoje contra a Portuguesa, o Léo, que marcou o último gol, passe de Neymar, disse: - No vestiário estava um clima diferente. Não sei explicar. Todo mundo brincando com todo mundo, gozações, aquela alegria da molecada. Quando fica assim o time joga bem.
O clima é muito importante em um jogo, e no time do Santos é essencial. O Peixe tem um dos melhores elencos, se formos pensar do ponto de vista individual o time está pronto para vencer todos os campeonatos deste ano, e quando é assim, Léo tem razão, o clima entre eles é fundamental para ganhar os jogos.
Fora isso, o nosso grande craque que foi chamado de pé frio por algum torcedor adversário, mostrou que nunca foi e nem será pé frio, Neymar, fez o primeiro, o segundo, e matou o jogo, até o Léo que no primeiro tempo pisou na bola, fez um gol de pé direito, passe açucarado do Neymar, mas não foi só ele que mandou bem, o Elano, o goleiro Rafael, Jonathan também.
Engraçado foi quando o Léo fez o terceiro gol, na sua comemoração fez gestos que indicavam que ele estava se limpando, do tipo, sai azar, sai.
O Peixe tá em segundo lugar se contarmos o saldo de gols e o Profº Marcelo Martelotte está se firmando, se continuar assim vai virar técnico oficial do alvinegro praiano. Será que a torcida deixa?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Kassab em Paris nem vê o protesto contra o aumento da passagem de ônibus.

Victor Zacharias

Quando a prefeita Marta viajou à França era época de chuvas também e a imprensa comercial dizia que enquanto São Paulo afundava a prefeita passeava em Paris, pois bem, agora quem está em Paris é o Kassab e a chuva continua em São Paulo, além disso as passagens de ônibus subiram muito mais que a inflação e a imprensa comercial é discreta nas suas manchetes. Porque será? Será preconceito contra o PT ou contra as mulheres?
Foi hoje que os estudantes bravamente fizeram a sua oitava marcha contra o aumento abusivo das passagens de ônibus na Av. Paulista que fica bem longe da Torre Eiffel, por isso é bem possível que o Kassab (DEM) nem tenha visto esta caminhada, mas as outras 7, com certeza ele viu ou soube, inclusive as reprimiu com violência.
Cercados pela Polícia Militar, que filmava toda a manifestção, os estundantes marcharam da Av. Consolação até a Rua Augusta, sentaram por alguns minutos bem no cruzamento das vias e gritaram palavras de ordem como: "Dança Kassab dança até o chão, aqui é o povo unido contra o aumento do busão". Isso tudo para  chamar atenção do prefeito. Há também um efeito didático, a população começa a tomar conhecimento que é possível mudar a história se houver união. Depois, levantaram e retornaram pelo outro lado da avenida, pacificamente, fazendo muito barulho e sendo apoiados pela pessoas que por ali passavam, o protesto acabou na Pça dos Ciclistas.
Neste meio houve até que protestasse contra o lixo que fica nas calçadas e ajuda a provocar as enchentes.
Será que ele vai continuar alheio aos apelos do povo? Parece que depois das eleições alguns políticos esquecem da gente e preferem ir à Europa discutir estratégias partidárias ou sabe-se lá o que.

terça-feira, 1 de março de 2011

Santos procura um técnico para trabalho temporário: vencer a Libertadores

Victor Zacharias

Com a esperada saída do professor Adilson pelas vitórias não obtidas, o Santos está procurando um novo técnico. Recebeu não do Dunda, do Abel Braga e do Parreira, que parece nem foi consultado. A diretoria do Peixe está esperando uma resposta do técnico da seleção brasileira dos sub 20 o professor Ney Franco, mas pelos compromissos assumidos com a seleção ele só poderá ficar no Santos por 3 meses. O presidente do Santos concordou, pode vir assim mesmo. Como os técnicos são a parte mais frágil de um time, parece que uma nova modalidade de contratação está surgindo a de técnico por job e neste caso dos peixes o trabalho temporário é vencer a Libertadores. Quem topa?
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